quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Baralho Cigano


O Baralho Cigano é um dos oráculos mais utilizados nos tempos modernos. Sua linguagem simples e objetiva retrata com facilidade os assuntos mais variados, também podendo ser utilizado de uma forma terapêutica, mostrando os aspectos comportamentais, emocionais e psicológicos do consulente.
Não se sabe exatamente qual a sua origem. Uma das pessoas mais envolvidas no seu aparecimento, em torno de 1800, foi Mlle. Lenormand. Uma francesa que previu a ascensão de Napoleão Bonaparte, conhecida como Sibila de Alençon, exímia conhecedora de várias ciências alternativas, e que fez algumas modificações num baralho que já existia, provavelmente o Baralho Comum, e que depois foi difundido pelo povo cigano e por isso recebeu seu nome.
Inicialmente Mlle. Lenormand utilizava um baralho com 52 cartas (treze cartas de cada naipe) que depois foi reduzido à 36 (nove cartas de cada naipe), e chamado de Petit Lenormand. Conta a história que ela fez desenhos interpretativos nas cartas do Baralho Comum, para facilitar sua interpretação, mas não se sabe se esses desenhos eram baseados na aplicação do Baralho Comum ou se ela se inspirava em outro Oráculo de forma analógica, já que os conhecia muito bem.
O Baralho Cigano, como todos os outros oráculos, não nos mostra fatalidades, mas sim as influências boas e ruins na nossa vida, as tendências do nosso trajeto neste plano, a decisão mais apropriada, a facilidade ou dificuldade de seguir determinado caminho, enfim, nos mostra quais as oportunidades que nos aparecerão. Se a seguiremos ou não, é nosso livre arbítrio quem decide, pois sem ele não precisaríamos de nenhum oráculo, nossa vida seria uma seqüência de fatos pré-determinados, e nasceríamos com “manual de instruções”.
Muitas pessoas não sabem distinguir um cartomante de um adivinho. O cartomante pode ser considerado um terapeuta que utiliza o Oráculo como ferramenta para acessar o inconsciente. Podendo então orientar o consulente no que se refere às tendências de seu futuro, enquanto compreende suas razões e emoções mais profundas e sinceras.

Adriana Caixe Hansen

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